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Costa Pereira (23/12/1929 - 25/10/1990) - Segurança e estilo
Representou o Benfica durante 13 épocas. Fez 477 jogos, entre 54/55 (estreou-se no Jamor, juntamente com Coluna, a 5 de Setembro de 54, frente ao FC Porto, em jogo de carácter particular) e 66/67, tendo sofrido 502 golos. Teve o ponto alto da sua carreira na conquista dos Campeonatos Europeus de Clubes de 1960/61 e 1961/62. Era um guarda-redes que primava pela segurança, pela decisão e pela audácia. Tinha 1,82 m de altura e 83 quilos de peso, compleição atlética de que sabia retirar o melhor proveito. Revolucionou, com as suas qualidades exemplares, a técnica dos guarda-redes. Suportava cargas com facilidade e era arrojado no "mergulho". Possuía um estilo elegante e destacava-se, como nenhum outro guardião, no jogo aéreo. Era comum vê-lo arrancar defesas impossíveis. Marcou com toda a sua classe a baliza benfiquista e da Selecção Nacional, que representou em 22 jogos. Para além de ter sido Bicampeão Europeu, conquistou, pelo Benfica, 7 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal.
 
Bento (25/06/1948 - 01/03/2007) - Arrojado, rápido e eficiente
Jogou 20 épocas no Benfica, entre 72/73 e 91/92. Fez 611 jogos, sofrendo 447 golos. Estreou-se pela mão de Jimmy Hagan, a 01/09/72, em Jacarta, num jogo de carácter particular, frente à selecção da Indonésia. Titular indiscutível da baliza encarnada durante 11 épocas, entre 75/76 e 85/86, Bento é, de todos os guarda-redes que já passaram pelo Benfica, o que detém as melhores performances, com destaque para a série de 11 jogos consecutivos que esteve sem sofrer golos, de 10/11/85 a 05/01/86. Arrojado, dotado de excelentes reflexos e possuidor de um sentido posicional invulgar, Bento primava pela sua acção entre os postes e fora destes. Era rápido a pensar e a agir, em voo, em mergulho ou a sair a pontapé. Ficou famoso pelo arremesso da bola à mão para o meio campo, proporcionando rápidos contra-ataques à equipa. Era, também, para além de bom defensor de grandes penalidades, um bom executante deste castigo, característica que lhe permitiu evidenciar-se no desempate de alguns jogos ou eliminatórias. Mas não só. Marcou mesmo um golo ao Sporting, a 23/06/76. Durante a sua carreira, somou 63 internacionalizações pela Selecção Nacional, que capitaneou em 26 ocasiões. Pelo Benfica, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal.

  

Preud'Homme (24/01/59) - Elástico, seguro e inteligente
Jogou 5 épocas, entre 94/95 e 98/99. Realizou 240 jogos de águia ao peito. Sofreu 218 golos. Estreou-se a 24/07/94, num encontro amigável com o FAR Rabat, disputado no Estádio da Luz, numa altura em que Artur Jorge era o treinador da equipa. Foi o primeiro guarda-redes estrangeiro a defender a baliza do Benfica. Era um verdadeiro fora-de-série! Um poço de experiência e de segurança. Seguia sempre com atenção o desenrolar do jogo e possuía uma invulgar percepção das jogadas. Atleticamente, destacou-se pela sua espectacular elasticidade. Em 1994, foi galardoado com o Troféu Yachine, atribuído ao Melhor Guarda-redes do Mundo. Enquanto jogou no nosso país, foi, também, considerado o melhor guarda-redes a actuar em Portugal. Foi internacional pela Bélgica. Ao serviço do Benfica, ajudou à conquista da 23ª Taça de Portugal, conseguida pelo Clube em 95/96, após vitória por 3-1, na final, sobre o Sporting.
  
Veloso (31/05/1957)  - Raça, dedicação e carisma
Após ter representado a Sanjoanense e o Beira-Mar, transferiu-se para o Benfica, na época de 80/81. Na temporada de 94/95, encerrava a sua brilhante carreira, deixando, de imediato, no seio dos adeptos benfiquistas, uma forte saudade, fruto da intensa aura de mística que acumulou ao longo de 15 temporadas ao serviço do Clube. Fez 658 jogos de águia ao peito, tendo marcado 13 golos. Estreou-se sob o comando técnico do húngaro Lajos Baroti. Face à entrega e ao espírito de luta que o caracterizavam em campo, impôs-se facilmente na equipa, tendo sido Campeão Nacional e vencido a Taça de Portugal logo na época de estreia. Era, bem pode dizer-se, a "raça" em pessoa. Humilde, profissional e de uma dedicação extrema, Veloso jamais quebrava ante a adversidade, estimulando muitas vezes a equipa em situações de menor desempenho colectivo. Foi capitão durante 7 anos. Revelou sempre grande segurança e vigor na sua zona de acção, primando pela disciplina táctica e pela regularidade com que pautava as suas exibições. Era, por natureza, um polivalente, o que lhe valeu actuar em diversas posições ao longo da sua carreira, tendo mesmo começado como avançado, ao serviço da Sanjoanense. Disputou a final da Taça Uefa em 82/83 e foi finalista da Taça dos Campeões Europeus em 1988 e em 1990. Fez 40 jogos pela Selecção Nacional. Ao serviço do Benfica, conquistou 7 Campeonatos Nacionais e 6 Taças de Portugal.
 
Serra (06/11/1935) - Abnegado, estóico e sereno
Jogou 6 épocas no Benfica, entre 56/57 e 61/62, realizando 146 jogos - 99 a defesa direito - e marcando 1 golo. Começou nos juniores do Clube, na época de 54/55. Estreou-se na equipa principal sob o comando técnico de Otto Glória, a 17/02/57, num jogo amigável realizado na Tapadinha, frente ao Belenenses. Manteve-se como titular até ao final dessa temporada, na posição de defesa central. Foi ainda Otto Glória que, na época de 58/59, o passou para defesa direito. E foi nesta posição que revelou toda a sua categoria. Jogador de grande abnegação. Era magnífico no corte e na recuperação da bola. As suas exibições caracterizavam-se pelo estoicismo que evidenciava em campo. Revelando sempre grande serenidade, acorria com facilidade às dobras. Integrava-se também na manobra do ataque, ou não tivesse ele começado no futebol como médio. Béla Guttmann manteve-o a defesa direito. Em 59/60, foi um dos jogadores mais influentes na conquista do Campeonato Nacional, que deu acesso à campanha europeia de 60/61. Aos bons dotes técnicos que possuía, aliava um forte espírito lutador. Uma clavícula fracturada, nas Antas, contra o FC Porto, a um mês da primeira final da Taça dos Campeões Europeus, retirou-lhe a possibilidade de consagração no jogo decisivo, ele que fora fundamental na fase eliminatória.
Foi Bicampeão Europeu e ajudou o Benfica a conquistar 3 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal.
  
Mário João (06/06/1935) - Enérgico, voluntarioso e persistente
Jogou 5 épocas, entre 57/58 e 61/62. Fez 118 jogos - 48 a defesa direito e 45 a defesa esquerdo - e marcou 4 golos. Começou nos "Aspirantes" do Clube, na época de 55/56. A 02/02/58, num jogo para o Nacional, realizado na Luz, com o Lusitano de Évora, Otto Glória decidiu fazer mudanças tácticas, concedendo a Mário João a titularidade como médio esquerdo. Em 59/60, com Béla Gutmann, Mário João fez uma época de grande nível, a melhor da sua carreira de futebolista, alinhando quer como defesa direito quer como esquerdo. Alcançou a "imortalidade" nas duas finais da Taça dos Campeões Europeus ganhas pelo Benfica. Com um estilo enérgico e decidido, "secava" por completo o adversário que policiava. Era voluntarioso, persistente e apegado à luta. Na final europeia de 61, revelou "alma de gigante", nunca se atemorizando com o facto de não ter sido titular durante essa época - apenas 5 jogos oficiais (!). Na final de 62, destacou-se pela sua intervenção autoritária e decidida no capítulo da antecipação, revelando-se brilhante a anular os velozes jogadores do Real Madrid. Representou Portugal em 3 jogos. Para além de ter sido Bicampeão Europeu, conquistou 2 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal.
 
Gustavo Teixeira (26/12/1908 - 01/01/1987) - Correcto e possante
Representou o Benfica durante 7 épocas, entre 32/33 e 38/39, marcando 4 golos em 229 jogos - 176 como defesa esquerdo. Casapiano de origem, estreou-se no Clube como médio esquerdo, a 27/03/32, nas Amoreiras, num jogo com o Barcelona, integrado nas comemorações do 28º aniversário do SLB. Mas só na época seguinte (32/33) passou a actuar com regularidade na posição de médio centro, em que fez 11 jogos, 4 deles para o Regional de Lisboa, tendo contribuído para a conquista deste título, após 13 anos de "jejum". Depois de cumprir a época de 33/34 como defesa direito, o treinador Vítor Gonçalves, antigo jogador do Clube, colocou-o no lugar onde viria a mostrar toda a sua classe. Correctíssimo no desarme, possuía também um poderoso pontapé de "despacho", pondo a bola bem longe, mas colocando-a bem. Distinto no estilo, levava a que o considerassem um jogador científico. Uma lesão, contraída no 2º jogo da época de 39/40, afastou-o do futebol. Somou 9 internacionalizações, sempre como capitão. Pelo Benfica, venceu 3 Campeonatos Nacionais da I Liga, em 3 anos consecutivos, e 1 Campeonato de Portugal.
 
Cruz (12/08/1940) - Inexcedível, descontraído e dinâmico
Jogou 10 épocas, entre 59/60 e 68/69. Fez 447 jogos - 341 a defesa esquerdo - e marcou 1 golo. Começou nos "Principiantes" do Benfica, na época de 1956/57. A 27/09/59, o treinador Béla Gutmann "deu-lhe" a titularidade como médio esquerdo na equipa principal, por ocasião de um jogo realizado no Estádio 28 de Maio, frente ao Sp. Braga. Nas duas épocas seguintes, alternou a posição de médio esquerdo com a de defesa esquerdo, mas foi como médio que jogou as finais europeias de 1961 e de 1962. Com a chegada de Fernando Riera, em 62/63, fixou-se definitivamente a defesa esquerdo, que era o lugar que mais lhe agradava. Foi nessa posição que disputou mais 3 finais da Taça dos Campeões Europeus, ainda na década de 60. Jogador de elevado brio, defendia com impecável acerto, entendendo-se bem com os colegas mais adiantados no terreno. Era impressionante a facilidade e a descontracção que revelava em jogos difíceis e frente a avançados poderosos. A sua entrega total e o seu querer impunham-se com facilidade. Lutava do princípio ao fim com grande abnegação. Era inteligente e implacável na marcação. A vivacidade e o dinamismo que evidenciava dentro de campo permitiam-lhe brilhar com frequência. Representou a Selecção Nacional em 11 jogos. Ao serviço do Benfica, Foi Bi-campeão Europeu, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal.
 
Ângelo (19/04/1930) - Fogosidade e coragem
Representou o Benfica durante 13 épocas, de 1952/53 a 1964/65, tendo somado 386 jogos e 4 golos. Estreou-se no Campo Grande, frente ao V. Setúbal, tendo, então, actuado no posto de médio esquerdo. Mas estrear-se-ia apenas dois anos depois na equipa principal, num encontro com o Barreirense, realizado também no Campo Grande. Nessa altura tinha já recusado uma proposta para ingressar no FC Porto. O Benfica era a sua paixão. Ângelo destacou-se pela fogosidade que impunha no despique, gastando as energias que tinha e as que não tinha, até à última a gota de suor. Possuía um excelente sentido posicional e um perfeito equilíbrio de qualidades atléticas (força, velocidade e resistência). Um batalhador por excelência, sacrificando sem limites o individual em prol do colectivo. Dono e senhor da sua zona de acção. Eficaz no desarme. Corajoso. Veloz. Bom no drible. Atingiu o ponto alto da sua carreira com a conquista dos 2 títulos de Campeão Europeu de Clubes, em 60/61 e em 61/62. Participou, ainda, na caminhada para a final desta prova nas épocas de 62/63 e 64/65. Foi 7 vezes Campeão Nacional e venceu 5 Taças de Portugal. Pela Selecção, somou 20 internacionalizações.
 
Félix (14/12/1922 - 02/08/1998) - Frio, metódico e atlético
Jogou 8 épocas no Benfica, entre 46/47 e 53/54, marcando 4 golos em 259 jogos - 230 como médio centro ou defesa central. Estreou-se a 08/09/46, no Campo Grande, contra o Olhanense (jogo da festa de despedida do defesa direito Gaspar Pinto), tendo entrado na 2ª parte para ocupar a posição de defesa esquerdo. O treinador Janos Biri reservou-lhe, durante essa época, o lugar deixado em aberto por Gaspar Pinto. O técnico Lipo Herczka, de regresso ao Benfica em 47/48, utilizou Félix a médio centro, mas foi a chegada do treinador inglês Ted Smith, em 48/49, que alterou tacticamente o futebol benfiquista. Ted recuou o médio centro, que passou a jogar como um defesa central, para marcar o avançado centro contrário. Félix tinha um sentido fantástico para o lugar. No seu tempo, chegou a ser - como se diz na gíria - meia equipa, facto que originou, na altura, o uso da expressão "SL e Félix". Jogador de tipo britânico - frio, metódico, seguro das suas capacidades e "dono e senhor" dos terrenos em que actuava -, Félix foi considerado um dos melhores centrais do mundo. Não soube, porém, terminar em beleza a sua carreira, tomando atitudes que mereceram reprovação disciplinar pelo lado do Clube. Esteve na equipa que conquistou a Taça Latina em 1950. Ajudou o Clube a vencer 1 Campeonato Nacional e 4 Taças de Portugal (consecutivas!). Foi 15 vezes internacional.
 
Germano (23/12/1932) - Classe, talento e inteligência
Iniciou-se no futebol ao serviço do Atlético, como Infantil, clube que representou até à idade de sénior. Ingressou no Benfica na época de 1960/61, com 27 anos, depois do Sporting, primeiro, e do FC Porto, depois, terem manifestado interesse na sua aquisição. Fez 175 jogos pelo Benfica. Marcou 7 golos. Cumpriu a sua última época no Clube em 65/66, após o que se transferiu para o Salgueiros. Foi o melhor defesa do futebol português e um dos mais prestigiados do Mundo. Era um sábio do futebol. Um jogador completo. Dispondo de uma fisionomia austera mas serena, aliava ao intelecto brilhante que possuía um perfil físico de respeito. Era dotado de uma excelente coordenação motora, fino no trato da bola e autoritário na sua zona de acção. Atleta inteligente, revelava uma cultura futebolística de elevado nível. Era um espécie de demiurgo da bola, técnica e tacticamente perfeito. Sabia tirar o máximo partido da sua experiência. Executava na perfeição as suas funções em campo, desempenhando um papel preponderante na organização do jogo da equipa. Inteligente a interpretar a acção da sua turma e a da formação adversária. Intuitivo. Impecável no capítulo da antecipação e exímio no desarme. Eficaz no jogo aéreo e preciso no passe, a curta, média, ou longa distância. Germano foi o intérprete perfeito da classe e do talento. Por todas estas razões, tornou-se um mito. Pelo Benfica, venceu 2 Taças dos Campeões Europeus, 4 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal. Ao serviço da Selecção, somou 24 internacionalizações, tendo tomado parte da equipa que conquistou o 3º lugar no Campeonato do Mundo de 1966, em Inglaterra.
 
Humberto Coelho (20/04/1950) - Frieza, segurança e autoridade
Ingressou no Benfica ainda como Júnior. Na fase de preparação da época de 68/69, integrou pela primeira vez os trabalhos da equipa principal, tendo rumado ao Brasil a fim de participar no arranque da nova temporada. Fez a sua estreia no dia 8 de Agosto, frente ao Clube de Remo de Belém do Pará. Daí até ao final da sua carreira, realizou 672 jogos pelo Benfica, tendo marcado 113 golos. Destacou-se pela forma excepcional como desempenhava as funções de líbero, proporcionando grande segurança ao sector mais recuado da equipa e participando muitas vezes na manobra do ataque, subindo com facilidade no terreno e mostrando-se soberano na finalização, sobretudo como cabeceador. Desempenhou com personalidade e sabedoria as funções de capitão, evidenciando-se pelo modo científico com que "arrumava a casa". Possuidor de um poder atlético admirável, barrava com autoridade a acção ofensiva contrária, desarmando com classe e resolvendo situações de perigo com frieza e método refinados. Os seus elevados níveis de concentração e a sua capacidade de liderança e de apego à luta mereceram-lhe os melhores créditos a nível nacional e internacional. A consagração europeia teve efeito com duas chamadas à selecção do velho continente, em 1981 e 1982. Já antes, as suas qualidades haviam despertado a cobiça além-fronteiras. Em 75/76, acedeu à proposta do Paris Saint-Germain (França), onde alinhou durante 2 épocas. Em 77/78, regressou à Luz, para aí terminar a carreira em 83/84. Pela Selecção Nacional cumpriu 64 jogos. Pelo Benfica, foi finalista da Taça UEFA em 1983, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e venceu 6 Taças de Portugal.
 
Raúl (22/09/37) - Líder, atento e seguro
Jogou 7 épocas, entre 62/63 e 68/69. Fez 264 jogos (240 como central) e marcou 5 golos. Estreou-se a 23/08/62, em Gotemburgo, contra um misto dessa cidade sueca, sendo, então, Fernando Riera o treinador do Clube. Nessa  época, substituiu o experiente Germano no centro da defesa e fez parte do onze que disputou nesse ano a final da Taça dos Campeões Europeus. Na época de 63/64, o treinador Lajos Czeisler estreou no Benfica o 4º defesa (central), colocando Raúl ao lado de Germano. Evidenciando classe, Raúl comandava a defesa com serenidade. Era seguro e dominador do seu espaço de acção. Sempre atento, protagonizava sem dificuldades intervenções certas e "cortes" oportuníssimos. Tinha uma extraordinária visão defensiva e revelava-se exímio a intervir no momento exacto. Adivinhava com astúcia de onde vinha o perigo e anulava com eficiência a acção ofensiva contrária. Detentor de um bom pontapé, marcou 4 golos de fora da área. Jogou 11 encontros pela Selecção Nacional. Pelo Benfica, conquistou 6 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal.
  
Mozer (19/09/1960) - Arrojo e Presença
Jogou 5 (2+3) épocas, de 87/88 a 88/89, e de 92/93 a 94/95, marcando 20 golos em 183 jogos. Estreou-se a 26/07/87, frente ao Grasshoppers, em Davos, na Suíça, local que serviu para o treinador Ebbe Skovdhal preparar a época de 87/88. Titular indiscutível nas duas primeiras épocas e em 93/94, jogava preferencialmente do lado esquerdo. Jogador possante, era uma presença notada no seu sector. Muito difícil de ultrapassar, dava confiança a toda a equipa. Oferecia segurança ao reduto defensivo. Iniciava lances de ataque com facilidade, servindo na perfeição os médios ou mesmo os avançados. Devido à sua estatura, marcou 10 golos de cabeça na sequência de bolas paradas. Impunha respeito aos adversários. Foi o 15º jogador estrangeiro a jogar no Benfica e o 2º estrangeiro a capitanear a equipa. Internacional brasileiro, ajudou o Benfica a vencer 2 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal.
 
Ricardo Gomes (13/12/64) - Categórico e Primoroso

Jogou 4 (3+1) épocas, de 88/89 a 90/91 e em 95/96, marcando 28 golos, em 158 jogos. Estreou-se a 15/08/88, no Estádio da Luz, tendo Toni como treinador, num jogo amigável com o Estrela da Amadora. A sua chegada dotou o Benfica da melhor dupla de centrais do Mundo - Mozer e Ricardo, que actuaram juntos em 31 jogos na época de 88/89. Jogador de grande classe.

Fazia-se notar com facilidade, parecendo estar sempre no sítio certo e anulando com autoridade as investidas contrárias. Eficaz a desarmar, em antecipação, ou a "roubar" bolas, era com frequência que nasciam dos seus pés muitas jogadas de contra-ataque. Apesar de ser um jogador correctíssimo, foi expulso uma vez, na sequência de um equívoco do árbitro Vítor Pereira, que o castigou após uma pretensa grande penalidade na final da Taça de Portugal de 95/96, disputada frente ao Sporting. A sua estatura permitiu-lhe marcar 22 golos na sequência de lances de bola parada, entre os quais 15 de cabeça. Foi o 23º estrangeiro a jogar no Benfica. Foi o 1º estrangeiro a capitanear o Benfica. Internacional brasileiro, ajudou o Benfica a vencer 2 Campeonatos Nacionais e 1 Taça de Portugal.
 
publicado por sportlisboaebenfica1904 às 14:30
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